Tenho muitos amigos casados — não muitos casados e felizes, mas muitos casados. Em geral, meus amigos casados e felizes são como meus pais: ficam chocados com minha solteirice. Uma garota inteligente, bonita e legal como eu, uma garota com tantos interesses e entusiasmos, faculdade legal, uma família amorosa... Eles erguem as sobrancelhas e fingem pensar nos homens que poderiam me apresentar, mas sabemos que não sobra nenhum, nenhum bom, e sei que eles secretamente pensam que há algo errado comigo, algo escondido que me torna insuficiente.
Aqueles que não são felizes — aqueles que se acomodaram — desprezam ainda mais minha solteirice: "Não é tão difícil encontrar alguém para casar", dizem. "Nenhuma relação é perfeita", dizem — eles, que se contentam com TV como conversa, que acreditam que capitulação marital (Sim, querida. Claro, querida.) é o mesmo que chegar a um acordo.