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22 julho, 2014

Calma, amô...


Calma, amô... Eu te amo do jeito que você é. Só queria que você fosse um pouco mais parecido comigo. Eu sei que você é você e eu sou eu. Mas eu preferia que você fosse um pouco mais eu e menos você. Seria mais fácil para mim. Já estou acostumada a lidar comigo. Quase não brigo comigo mesma. Quando brigo, esqueço rápido. Eu me perdoo com muita facilidade, amô. Se você fosse eu, iria te perdoar rapidinho.

Calma, amô. Eu te amo do jeito que você é. Mas é que você ficou tão igualzinho a mim. E de mim já basta eu. Eu já não tenho paciência para mim, vou ter para você? Eu sei que você também não prestava quando você era aquela outra pessoa tão diferente de mim. O que eu queria é que você fosse um meio termo entre eu e aquela pessoa que você era. Nem oito nem oitenta, amô.

Calma, amô. É que assim ficou meio termo demais. Eu só queria que você fosse uma pessoa menos meio-terma, uma pessoa menos menas e fosse uma pessoa mais mais, mais muito, mais muito mais. Eu sei que eu disse nem oito nem oitenta, amô, mas eu estava pensando no oitocentos. Oitocentos e oitenta e oito, amô. Pode ser?

Calma, amô. Assim tá over. Baixa a bola, segura essa onda. Assim parece que andou usando drogas. Eu sei que fui eu quem mandou você mudar. Mas desse jeito que você está mudando, dá para ver que fui eu quem mandou você mudar. Queria que você mudasse porque você quis e não porque fui eu que mandei. Eu sei que foi porque você quis, mas você só quis porque eu quis que você quisesse. Eu queria que você quisesse ser o que eu queria, antes de saber que era assim que eu queria que você fosse. Eu queria que você fosse uma pessoa que quisesse coisas, amô.

Calma, amô. Estou falando de coisas. Lá foi você querer pessoas. Quem diria, amô? Até você... Correndo atrás das pessoas. Eu sei que eu falei. Mas para de me ouvir. Eu só queria que você fosse uma pessoa que não se importasse tanto em ser a pessoa que eu queria que você fosse. É difícil gostar de uma pessoa que quer tanto ser a pessoa que você gostaria que ela fosse, amô.

Calma, amô. Não deixa de se importar comigo assim. Eu só queria que você não deixasse de gostar de mim só porque descobriu que eu não gostava de você do jeito que você era e continuasse gostando igual você gostava antes. O problema é que agora e comecei a gostar tanto de você, amô. Assim mesmo, do jeito que você é. Volta amô...




05 julho, 2014

Eu achei que sabia essas coisas.

Achei que sabia que se aprende errando. 
Achei que havia entendido que crescer não significa fazer aniversário. Que o silêncio é a melhor resposta quando se ouve uma bobagem. Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro. 
Achei que estive correta ao pensar que amigos a gente conquista mostrando o que somos. Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim. Que a maldade pode se esconder atrás de uma bela face. Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura ela. 
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer. | via Facebook
Achei tanto e por tanto tempo, que agora, depois de tantas decepções, espantos, medos, confusões e surpresas na minha vida, eu não acho mais nada. 
Vocês devem entender: quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada. 

Mas continuo achando muitas outras coisas. Meu "achismo" engloba muitas maravilhas... Acho que a natureza é a coisa mais bela na vida. Que amar significa se dar por inteiro. Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos. Que se pode conversar com estrelas. Que se pode confessar com a lua. Que se pode viajar além do infinito. Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde. Que dar carinho também faz… Que sonhar é preciso. Que se deve ser criança a vida toda. Que poucos julgamentos são importantes. Que a paz interior é a mais relevante. 

A vida segue básica, conveniente, crucial, determinante, essencial, imprescindível, pertinente, proveitosa, útil. Dá tempo de reaprender toda essa bagunça.